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Os ataques inciaram na quinta a noite em redes sociais / Foto: Jhonata Albuquerque |
Parece que opinar agora é crime em Chã Grande, mesmo que estejamos resguardados pela nossa Constituição Federal (Artigo. 5°, inciso IV). Foi essa a sensação que tive desde a última quinta-feira (13), após publicar um texto assinado sem cunho nenhum de reportagem mas sim de "opinião", sobre a última reunião da Casa Paulo Viana de Queiroz realizada na quarta (12). É um direito dos veículos de comunicação emitir opiniões, desde que informem aos seus leitores que tal publicação é um texto opinativo, como fizemos, por exemplo.
Além de ter no mesmo dia o meu nome ridicularizado e taxado como "imprensa vendida" por um dos apoiadores do atual grupo da oposição, tive também caros leitores, pasmem, meus documentos expostos de forma criminosa sem nenhuma autorizada prévia, na insinuação de que meu trabalho no jornalismo é voltado apenas para a atual gestão. No entanto, esqueceram de também publicar meu trabalho realizado de forma honesta na prefeitura de Chã Grande, desde o ano 2013, na gestão do ex-prefeito Daniel Alves que foi oposição ao atual gestor, e em mais outra prefeitura e outras três empresas privadas aqui no estado.
Mas, para elucidação dos fatos, após publicar minha opinião voltada exclusivamente a uma atitude dos vereadores que compõem a bancada da oposição, em terem se omitido a aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício 2021 no município, faço questão de ponderar algumas colocações inquestionáveis:
1ª. Em uma rede social, a Vereadora Danielle Alves (PDT) que compõe a bancada da oposição, destaca que, a minha citação no artigo anterior, de que "...todos tiveram acesso através de análises por intermédio de comissões", foi fundamentada em inverdades. Ora, a vereadora parece que não acompanha nem sequer o próprio site da Câmara, onde em um texto publicado no dia 13 de agosto, é citado em uma fala do presidente da casa, o vereador Jorge Luís (PL) sobre o referido assunto: “Nós tivemos as análises das comissões de justiça e redação e finanças e orçamento, que demonstraram interesse na aprovação, com pareceres recomendando essa aprovação” (grifo nosso).
2ª. Ainda de acordo com o mesmo texto, dois vereadores da bancada da oposição estavam sim analisando e demonstrando encaminhar a LDO para ser aprovada. Segundo ele, outro fato curioso é que dois vereadores da bancada de oposição também cumprem funções nas comissões que analisaram e encaminharam votos pela aprovação. “Realmente não entendemos”, disse (grifo nosso).
3ª. Em momento algum omiti o motivo, segundo eles, para se opor a votação da LDO 2021 naquela ocasião, ficando claro no quarto parágrafo do texto, o pedido da bancada para uma audiência pública.
4ª. Ser acusado de prestar um trabalho imparcial é no mínimo falta de conhecimento. Inúmeras são as matérias e reportagens elaboradas por mim e por nossos colegas jornalistas que deram visibilidade a integrantes da oposição neste site de forma coerente, como narra o bom jornalismo. Veja alguns exemplos:
- Vereadora Danielle Alves pede abertura de inquérito contra Ninho Mototáxi na câmara
Assim, fica evidente na publicação da vereadora citada acima, o desprezo em nosso trabalho como imprensa local, uma vez que nem mesmo o meu nome é citado por ela, e o site do Jornal Folha Regional inscrito no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, atuante no jornalismo em nossa região desde 2013, é taxado de "blog", páginas oferecidas gratuitamente na internet em plataformas prontas sem nenhum profissionalismo.
Não existe democracia sem imprensa livre, indissociável de quem quer que seja. Ambas são irmãs siamesas e preponderantes para uma nação que já foi palco de terríveis ditaduras pela opressão e censura a jornalistas no livre exercício de suas atividades. Em 1988, nosso país, como um todo, consagrou a liberdade de imprensa e de expressão, tão defendidaS hoje por alguns representantes do povo.
Meu papel ao longo desses quase 20 anos atuante na imprensa local, diferentemente como fui classificado, é sim voltado para revelar e promover com inúmeras ações em vários veículos de comunicação e eventos, potenciais do povo chã-grandense e aquilo que possuímos de maior valor: a nossa gente. Nisto acredito, independente do tempo e de partidarismo.