Pesquisa da Quaest divulgada nesta 4ª feira (20.ago.2025) mostra uma ligeira recuperação da popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação oscilou 2 pontos percentuais para baixo, passando de 53% na pesquisa de julho para 51%.
Os entrevistados que disseram aprovar a gestão do petista passaram de 43% em julho para 46% em agosto. Os resultados estão dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais, de 13 a 17 de agosto. O nível de confiança é de 95%. Eis a íntegra do levantamento (PDF – 9 MB).
Eis o cenário completo para a pergunta “Você aprova ou desaprova o trabalho que o presidente Lula está fazendo?”:
aprovam: 46% (eram 43% na pesquisa de julho);
desaprovam: 51% (eram 53%);
não sabem/não responderam: 3% (eram 4%).
Eis as respostas à pergunta: “Como você avalia o trabalho que o presidente Lula está fazendo?”:
negativo: 39% (eram 40%);
positivo: 31% (eram 28%);
regular: 27% (eram 28%);
não sabem/não responderam: 3% (eram 4%).
Para 43% dos entrevistados, o governo Lula está melhor que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Eis o cenário completo para a pergunta “Na sua opinião, o governo Lula está melhor, igual ou pior do que o governo Bolsonaro?”:
melhor: 43% (eram 40%);
pior: 38% (eram 44%);
igual: 16% (eram 13%);
não sabem/não responderam: 3% (eram 3%).
Mais da metade (57%) disse que o Brasil está indo na direção errada.
Eis o cenário completo:
errada: 57% (eram 58%);
certa: 36% (eram 34%);
não sabem/não responderam: 7% (eram 8%).
ECONOMIA
Se manteve nos 46% os que consideram que a economia do Brasil piorou nos últimos 12 meses. Eis o cenário completo:
piorou: 46% (eram 46%);
ficou do mesmo jeito: 30% (eram 30%);
melhorou: 22% (eram 21%).
não sabem/não responderam: 2% (eram 3%).
Para o CEO da Quaest, Felipe Nunes, a melhora na aprovação do governo em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos.
“A percepção do comportamento do preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Ao mesmo tempo, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais. Menos pressão inflacionária somada à imagem de um presidente que reage a desafios externos ajudam a explicar o avanço de sua aprovação neste momento”, declarou Nunes.
Caiu de 76% para 60% os que consideram que o preço dos alimentos no mercado subiu no último mês. Eis o cenário completo:
subiu: 60% (eram 76%);
ficou igual: 20% (eram 14%);
caiu: 18% (eram 8%);
não sabem/não responderam: 2% (eram 2%).
TARIFAS
Para 71%, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), está errado ao impor taxas ao Brasil. Outros 21% disseram que o norte-americano está certo e 8% não souberam ou não responderam.
A maioria (77%) dos entrevistados disse temer que o tarifaço prejudique suas vidas. Outros 20% disseram não ter essa preocupação e 3% não souberam ou não responderam.
Perguntados se as tarifas vão aumentar, manter ou diminuir o preço dos alimentos no Brasil, os entrevistados responderam:
aumentar: 64%;
diminuir: 18%;
manter: 13;
não sabem/não responderam: 5%.
Para 67% dos entrevistados, o Brasil deveria negociar com os EUA. Já 26% afirmaram que o governo deveria taxar os produtos norte-americanos.
FAMÍLIA BOLSONARO
Para 48%, Lula e o PT estão fazendo o que é mais certo no caso das tarifas (eram 44% em julho), enquanto 28% consideram que o Bolsonaro e seus aliados estão corretos (eram 29%). Outros 15% disseram “nenhum”.
Ao mesmo tempo, 41% consideram que o presidente está se aproveitando da situação para se promover, contra 49% que avaliam que Lula está agindo em defesa do Brasil.
Sobre Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a maioria (69%) diz que o deputado está defendendo os interesses dele e de sua família, enquanto 23% acreditam que ele está defendendo os interesses do Brasil.
Poder 360