Os trabalhadores da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (13), após cinco meses de negociações sem acordo com a empresa. A paralisação foi aprovada em assembleias realizadas nos municípios de Recife, Caruaru e Petrolina.
Logo pela manhã, a categoria realizou um ato em frente à sede administrativa da Compesa, no bairro de Santo Amaro, na capital pernambucana. No período da tarde, está prevista uma nova tentativa de conciliação com a estatal, em busca de avanços nas reivindicações.
Entre os principais pontos exigidos pelos trabalhadores estão:
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Reposição integral da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor);
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Ganho real de 3% sobre os salários;
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Garantia de estabilidade no emprego por 35 anos, mesmo período previsto para a concessão parcial dos serviços da companhia.
Em nota enviada à imprensa, a Compesa afirmou que todos os serviços da empresa estão “sendo prestados normalmente, sem qualquer interrupção”, apesar da greve deflagrada pelos funcionários.
O sindicato que representa a categoria alerta, no entanto, que a adesão ao movimento pode crescer nos próximos dias, caso não haja avanços nas negociações com a empresa.
A greve ocorre em um momento de tensão entre trabalhadores e a administração da Compesa, especialmente diante de discussões sobre o futuro da companhia e possíveis mudanças na gestão de parte dos serviços por meio de concessão.
A mediação do impasse deve seguir nos próximos dias, com expectativa de novas reuniões entre representantes sindicais e a direção da empresa.