O novo programa Auxílio Gás do Povo, do governo federal, será lançado pelo governo federal nesta quinta-feira (dia 4). A principal mudança em relação ao Auxílio-Gás atual é que, em vez de receber um valor a cada dois meses (hoje, a quantia é de R$ 108), as famílias de baixa renda vão ganhar um voucher para buscar o botijão de 13kg nas revendedoras. O montante do crédito vai variar de acordo com o preço médio em cada estado.
Os primeiros vouchers devem ser emitidos entre novembro e dezembro. Até lá, a sistemática atual continuará funcionando. A expectativa é que o programa esteja plenamente operacional em 2026, ano das eleições presidenciais. A meta é atender cerca de 15 milhões de famílias ou 47,5 milhões de pessoas.
O benefício será concedido a famílias inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). A frequência do pagamento, que hoje é a cada dois meses independentemente do tamanho da família, vai mudar. As famílias mais numerosas poderão ganhar o auxílio mais vezes ao longo do ano, segundo técnicos envolvidos na discussão.
Terão direito ao auxílio famílias com renda per capita (por pessoa do grupo familiar) de até meio salário mínimo (hoje R$ 759), com prioridade àquelas com renda per capita igual ou inferior a até R$ 218, mesmo critério do Bolsa Família. Caberá ao MDS fazer a seleção dos beneficiados.
Ato conjunto do MDS e Ministério de Minas e Energia definirão o valor regional do botijão, com apoio da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os recursos para novo auxílio-gás virão do Orçamento da União. A estimativa é que o programa custe em torno de R$ 6 bilhões por ano.