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Conclave: Vaticano divulga detalhes do cronograma da escolha do novo papa


Fábio Nóbrega
| O Vaticano divulgou, nesta segunda-feira (5), detalhes do cronograma do Conclave para a escolha do próximo papa da Igreja Católica. As informações foram reveladas um dia após o encerramento do Novendiales, período de luto de nove dias por conta da morte do Papa Francisco, que começou em 26 de abril, após seu sepultamento. 

Segundo a Santa Sé, nesta segunda, às 10h (horário de Brasília), serão feitos os juramentos dos oficiais e funcionários do Conclave, incluindo médicos, cozinheiros, funcionários de limpeza e ascensoristas. 

Esse juramento visa evitar o vazamento de informações internas e segue o previsto na constituição apostólica Universi Dominici Gregis.

O Vaticano define como oficiais e funcionários do Conclave "todos aqueles que forem designados para colaborar no Conclave, tanto eclesiásticos quanto leigos, e aprovados pelo cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell e por seus três assistentes".

Na próxima quarta-feira (7), às 5h (horário de Brasília) o Conclave começa, de fato, com a celebração da missa Pro eligendo Romano Pontifice ("Pela eleição do Romano Pontífice", o papa, em tradução para o português), na Basílica de São Pedro. 

Em seguida, às 12h (horário de Brasília), os cardeais entrarão na Capela Sistina para dar início às votações.

Nesse momento, será feito o extra omnes ("todos fora", do latim). É quando todas as pessoas que não estejam envolvidas diretamente no processo de eleição devem deixar a Capela Sistina para que a votação comece.

Votações e eleição do novo papa

A primeira votação acontece ainda na quarta-feira, logo após o extra omnes. Nos dias seguintes, caso seja preciso e até que haja um papa eleito, serão feitas, segundo o Vaticano, duas votações pela manhã e outras duas votações no período da tarde.

É importante lembrar que não há uma previsão de quando o mundo conhecerá o novo papa. Isso porque o modelo de votação determina que um candidato só sai eleito do Conclave quando alcançar dois terços dos votos — no caso da escolha do sucessor de Francisco, 89 dos 133 cardeais eleitores.

Os Conclaves de 2005 e 2013, que elegeram Bento XVI e Francisco, duraram dois dias. Uma pausa de 24 horas para orações está prevista caso a Igreja continue sem um papa após o terceiro dia de Conclave. Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito.

Em caso de 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada participarão de uma nova votação e, apesar disso, ainda será preciso chegar a dois terços dos votos para ser eleito.

"No final de cada sessão de votação, as cédulas são queimadas e ocorre a tradicional defumação: preto, não eleito; branco, eleito", informou a Santa Sé, acrescentando que, em seguida, o novo papa será anunciado da Basílica de São Pedro pelo cardeal proto-diácono, o francês Dominique Mamberti, com o tradicional Habemus papam!.

Da Basílica de São Pedro, o novo papa então concederá a bênção apostólica Urbi et orbi (à cidade [de Roma] e ao mundo).

Colégio cardinalício

Um total de 133 cardeais votarão no Conclave, sendo sete deles brasileiros:

- Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.

- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.

- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.

- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.

- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.

- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.

- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.


Entre os cardeais eleitores, há 51 da Europa, 23 da Ásia, 20 das Américas do Norte e Central, 18 da África, 17 da América do Sul e 4 da Oceania. 

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