O atual bispo da Diocese de Palmares, em Pernambuco, foi quem inciou a campanha de boicote à plataforma. Dom Henrique Soares da Costa disse para os cristãos mostrarem seu amor por Jesus tomando a decisão de cancelar a assinatura. "Então, como Bispo da Igreja, eu exorto vivamente aos cristãos: neste Natal, proclame seu amor, sua fé, seu respeito em relação a Nosso Senhor Jesus Cristo; mostre que seu amor por Ele é real e ativo: cancele a assinatura da Netflix e lá, no menu apropriado, explique o motivo: “desrespeito por Jesus Cristo”, “desrespeito pelo cristianismo”, etc. Se você realmente crê e ama ao Senhor, não há outra atitude a tomar...", escreveu o bispo em sua página no Facebook.
No Twitter, o deputado federal Marco Feliciano relembrou que já processou o Porta dos Fundos (o processo foi arquivado pela Justiça). "Cristãos e não cristãos me cobram atuação contra os irresponsáveis do Porta dos Fundos. Em anos anteriores já os processei, mas a "Justiça" diz q é liberdade de expressão", escreveu Feliciano.
Conhecido apoiador da gestão Bolsonaro, o ator Carlos Vereza disse em sua página do Facebook que os comediantes do grupo são "são lamentáveis como viventes".
Também nas redes sociais, o próprio Porta dos Fundos ironizou o abaixo-assinado e a reação que o especial gerou:
O jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a Netflix, que afirmou que "valoriza e aprova a liberdade criativa dos artistas com quem trabalha, e reconhece também que nem todas as pessoas vão gostar desse conteúdo. Daà a liberdade de escolha oferecida pela empresa, em seu cardápio variado de opções, que inclui, por exemplo, novelas bÃblicas".
Também via assessoria de imprensa, o Porta dos Fundos se pronunciou: "O Porta dos Fundos valoriza a liberdade artÃstica e faz humor sátira sobre os mais diversos temas culturais e da nossa sociedade". No fim de novembro, o Porta ganhou um Emmy Internacional pelo especial de Natal de 2018.
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