Em entrevista concedida ao Diario de Pernambuco, nesta quarta-feira (16), o promotor de justiça Gustavo Dias, que responde pelo município de Chã Grande, descartou a possibilidade de que os crimes da lista da morte estejam relacionados com um grupo de extermínio. “É importante dizer que os homicídios entre si não estão todos relacionados. Alguns casos foram esclarecidos e as autorias identificadas são distintas e não se relacionam”, disse ao jornal. Para o promotor, há apenas um ponto em comum entre os crimes. “As pessoas cujos nomes estão na lista são envolvidas com a criminalidade”, completou.
Desde 2016, o município vem convivendo com uma série de assassinatos de pessoas com nomes dispostos em duas listas. A primeira delas foi fixada na parede do cemitério municipal, enquanto que a outra foi colada na parede da Escola Municipal Dr. José Rocha de Sá, no sítio Lajedo Grande, zona rural do município. Ambos os materiais foram recolhidos pela Polícia. O último caso foi de um jovem de 17 anos, chamado de José Moisés, no sábado (12). Antes dele, porém, uma tentativa de assassinato foi registrada contra um jovem, identificado como Marcílio, que também estaria com o nome em uma das listas.
Na manhã desta quarta, o promotor Gustavo Dias se reuniu com o delegado João Gaspar, que substitui interinamente o delegado Paulo Lapenda no comando da Polícia Civil de Chã Grande. Na oportunidade, segundo o Diario de Pernambuco, foram debatidas ações conjuntas entre os dois órgãos para solucionar os recentes homicídios na região.
Perícia – Para o promotor, uma das dificuldades encontradas no município é a ausência do Instituto de Criminalística (IC) no local de crime. Além disso, há também a falta de remoção dos corpos, que deveria ser feito pelo Instituto de Medicina Legal (IML). “Em muitos casos, sinto falta de diligências que podem ser adotadas e perícias que devem ser realizadas”, disse.
Chã Grande News