O óleo vegetal bromado, ou BVO, na sigla em inglês, pode ser encontrado em algumas bebidas produzidas pela companhia americana, como o refrigerante Fanta ou o isotônico Powerade.
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Segundo a assessoria de imprensa da empresa no Brasil, os produtos da Coca-Cola vendidos no país não incluem esse ingrediente: "O uso da substância não está previsto pela legislação brasileira, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", comunicou a assessoria da Coca-Cola em email enviado à BBC Brasil.
O BVO vem sendo usando como um estabilizador em bebidas com sabor de frutas e ajuda evitar que outros ingredientes se separem durante o processo de fabricação. Os temores sobre os riscos do ingrediente à saúde estão relacionados ao brometo, uma substância também encontrada em retardadores de chamas.
Estudos médicos ligaram o consumo excessivo de refrigerantes contendo BVO a efeitos negativos sobre a saúde, como perda de memória e problemas nos nervos e na pele.
O BVO foi retirado da lista de ingredientes da Food and Drug Administration (FDA, o órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos) considerados "seguros" em 1970.
No entanto, companhias de bebidas são autorizadas a usar o BVO até o limite de 15 partes por milhão em suas bebidas.
Pressão pública
O porta-voz da Coca-Cola, Josh Gold, destacou que a decisão da empresa em remover o BVO não estava ligada a medidas de segurança. "Todas as nossas bebidas, incluídas aquelas com BVO, são seguras e assim sempre foram – em linha com as regulamentações dos países onde elas são vendidas", disse ele, por meio de um comunicado.
"A segurança e a qualidade de nossos produtos é a nossa maior prioridade", acrescentou.
A Coca-Cola afirmou que substituirá o composto por isobutirato de acetato de sacarose ou éster de glicerol de resina, que é normalmente encontrado em chicletes.
A empresa afirma que dois sabores de seu isotônico Powerade – "ponche de frutas" e "limonada de morango" – já substituíram o BVO por éster de glicerol de resina de goma. A decisão da Coca-Cola de remover o ingrediente de suas bebidas reflete uma tentativa das fabricantes de bebidas de reconsiderar certas práticas devido à pressão pública.
A campanha contra o uso de BVO foi uma iniciativa da americana Sarah Kavanagh, uma adolescente do Estado americano do Mississippi, que questionou por que a substância vinha sendo usada em bebidas direcionadas a esportistas. Milhares de pessoas aderiram à petição criada pela jovem no site Change.org
No ano passado, a Pepsi, concorrente da Coca-Cola, já havia retirado o componente do isotônico Gatorade.
Um porta-voz da Pepsi acrescentou que a empresa "vem trabalhando ativamente para retirar o BVO do resto de seu portfólio de produtos". A Pepsi usa o ingrediente em bebidas como o refrigerante cítrico Mountain Dew e do energético Amp Energy.
BBC
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Segundo a assessoria de imprensa da empresa no Brasil, os produtos da Coca-Cola vendidos no país não incluem esse ingrediente: "O uso da substância não está previsto pela legislação brasileira, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", comunicou a assessoria da Coca-Cola em email enviado à BBC Brasil.
O BVO vem sendo usando como um estabilizador em bebidas com sabor de frutas e ajuda evitar que outros ingredientes se separem durante o processo de fabricação. Os temores sobre os riscos do ingrediente à saúde estão relacionados ao brometo, uma substância também encontrada em retardadores de chamas.
Estudos médicos ligaram o consumo excessivo de refrigerantes contendo BVO a efeitos negativos sobre a saúde, como perda de memória e problemas nos nervos e na pele.
O BVO foi retirado da lista de ingredientes da Food and Drug Administration (FDA, o órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos) considerados "seguros" em 1970.
No entanto, companhias de bebidas são autorizadas a usar o BVO até o limite de 15 partes por milhão em suas bebidas.
Pressão pública
O porta-voz da Coca-Cola, Josh Gold, destacou que a decisão da empresa em remover o BVO não estava ligada a medidas de segurança. "Todas as nossas bebidas, incluídas aquelas com BVO, são seguras e assim sempre foram – em linha com as regulamentações dos países onde elas são vendidas", disse ele, por meio de um comunicado.
"A segurança e a qualidade de nossos produtos é a nossa maior prioridade", acrescentou.
A Coca-Cola afirmou que substituirá o composto por isobutirato de acetato de sacarose ou éster de glicerol de resina, que é normalmente encontrado em chicletes.
A empresa afirma que dois sabores de seu isotônico Powerade – "ponche de frutas" e "limonada de morango" – já substituíram o BVO por éster de glicerol de resina de goma. A decisão da Coca-Cola de remover o ingrediente de suas bebidas reflete uma tentativa das fabricantes de bebidas de reconsiderar certas práticas devido à pressão pública.
A campanha contra o uso de BVO foi uma iniciativa da americana Sarah Kavanagh, uma adolescente do Estado americano do Mississippi, que questionou por que a substância vinha sendo usada em bebidas direcionadas a esportistas. Milhares de pessoas aderiram à petição criada pela jovem no site Change.org
No ano passado, a Pepsi, concorrente da Coca-Cola, já havia retirado o componente do isotônico Gatorade.
Um porta-voz da Pepsi acrescentou que a empresa "vem trabalhando ativamente para retirar o BVO do resto de seu portfólio de produtos". A Pepsi usa o ingrediente em bebidas como o refrigerante cítrico Mountain Dew e do energético Amp Energy.
BBC